domingo, 31 de janeiro de 2010

Companhia ou refúgio ?


Um dia comum, com cheiro de terra molhada estava chegando ao fim. Caminhando pela praia como tenho feito nas últimas semanas, parei no lugar mais tranquilo dali, deixei minhas sandálias na areia e fui caminhando em direção ao mar, subi em uma pedra alta o suficiente para que as ondas não me molhassem, virei de frente pra lua e fiquei ali imaginando. Como ele está ? O que ele tem feito ? Quando essa dor vai sumir ? Se ele me perdoar um dia, será que ele vai me perdoar e ir embora ou eu poderei ouvir aquela voz e ver aquele sorriso pra sempre ? Sei que meus lábios jamais tocarão os dele de novo, mas isso é o que menos me importa. Comigo ele não seria feliz e sem ele eu também não serei feliz, mas prefiro pensar nele do que em mim.
- O que você está fazendo aí ? Ouvi uma voz e nao consegui identificar de onde vinha.
- An ? Onde você está? - Perguntei assustada, "será que tinha enlouquecido ?"
- Aqui ! - Respondeu a voz aguniada.
- Onde ?
- Na sua frente.
Olhei pra o mar e lá estava ele, com seus 18 anos aproximadamente, cabelos loiros e lisos, olhos cor de mel.
- Então.. vai me responder o que está fazendo aí ?
- Eu que deveria perguntar isso, não ? - Sorri
- Eu nado todo dia de noite, sinto-me livre.
- Hum..
- Então ?
- Então o que ? Estava mesmo muito distraída.
- O que faz aqui sozinha uma hora dessas ?
- Tô conversando com a lua, com o mar, com Deus, comigo. Loucura, né ?
- Não acho, faço isso sempre que dá. Me sinto livre dos problemas, como se tivesse compartilhando com pessoas que me entendem, não me julgam e eu não vejo sofrimento nelas, então me sinto bem.
Realmente não esperava aquilo de um menino que nada PELADO à noite.
- Pode jogar essa bermuda ? - Disse-me
Como não percebi que havia uma bermuda na pedra ? Ao meu lado ? Joguei a bermuda e ele respondeu com um sorriso lindo, apesar de usar aparelho nos dentes de baixo: - Valeu Jhow.
Ele era muito engraçado. Abracei os joelhos e esperei ele sair pelado do mar e se vestir, sem olhar pra trás, claro. Poucos minutos esperei e ele estava sentado ao meu lado, completamente vestido e seco, só o cabelo que estava molhado.
- Então, se quiser podemos conversar sobre nossos problemas nesse mesmo horário todos os dias, nao canso de falar dos meus problemas e de ouvir o dos outros, o que acha ? Ele estendeu a mão entregando-me um papel.
Peguei o papel sorri e levantei.
- Prazer, me chamo Cauã.
- O prazer é meu, Mariana.
Caminhamos por horas e começamos a participar um da vida do outro como fariamos dali pra frente.


Bemm, está aí a primeira de muitas postagens que virão. Um conto que escrevi há algum tempo, mas que amoo muito. Postarei aqui contos, músicas, videos, textos, etc... Sejam bem-vindos e participem do "no outro lado da tela".

9 comentários:

  1. *---*
    adoreei(LL'

    Posso voltar aqui sempre? (mesmosevcnquisereuvoltou.u) *--*

    Boa sorte com o blog, best (yn'

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Me senti familiarizado em alguns trechos! Achei muito cute :D - me avise sempre que escrever, quero sempre ler!

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  4. wooow o:, *clap*, muito maraa vei, vem cá, vs nunca pensou em ser escritora n?*0* tem futuro -s

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  5. adorei... bateu muita coisa comigo agora

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  6. Ameii o conto ! super fofoo *---*
    Qnd vc criou ele? =D

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  7. Olha só, belo conto *-*
    E valeu por me seguir!
    Beijos Flor.

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